sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bento XVI: Em momentos difíceis vossas orações me sustentam

       O Papa Bento XVI ressaltou uma vez mais a necessidade imperiosa de rezar e assinalou que assim como a primeira comunidade da Igreja Católica rezava por São Pedro enquanto esteve no cárcere, assim também o Pontífice se sente sustentado pelas orações dos fiéis de todo o mundo, especialmente nos momentos mais difíceis.
       Na audiência geral desta quarta-feira e diante de cerca de 10 mil peregrinos, o Papa refletiu sobre uma passagem dos Atos dos Apóstolos que narra a prisão de Pedro que finalmente é libertado pela intervenção de um anjo do Senhor. Bento XVI afirmou que este episódio "nos diz que a Igreja, cada um de nós, atravessa a noite da prova, mas que a incessante vigilância da oração é que nos sustenta".
       "Também eu, desde o primeiro momento de minha eleição como Sucessor de Pedro, me senti amparado pela vossa oração, pela oração da Igreja, sobretudo nos momentos mais difíceis. Agradeço de coração", afirmou.
       Bento XVI ressaltou logo que "com a oração constante e confiante, o Senhor nos liberta das cadeias, nos guia para atravessar qualquer que seja a noite de prisão que possa tomar nosso coração, nos dá a serenidade do coração para enfrentar as dificuldades da vida, também a rejeição, a oposição, a perseguição".
       Conforme assinala a nota da Rádio Vaticano, o Pontífice disse ademais que "o episódio de Pedro mostra essa força na oração. E o Apóstolo, mesmo em meio às correntes, se sente tranquilo, na certeza de não estar sozinho: a comunidade está rezando por ele, o Senhor está próximo a ele; e mais ainda: ele sabe que a força de Cristo se manifesta plenamente na fraqueza".
       Na síntese que fez de sua catequese, o Pontífice disse que com a prisão de Pedro "a comunidade congregada ora ante o perigo e a perseguição. O Apóstolo, acorrentado, acha-se tranquilo e crédulo, com a certeza de não estar sozinho: a Igreja reza por ele; o Senhor lhe acompanha; e sabe que a força de Cristo se realiza na debilidade".
       "Ele (Pedro) experimenta que no seguimento de Jesus está a verdadeira liberdade, se é envolvido por uma luz fulgurante da Ressurreição e por isso, se pode testemunhar até o martírio que o Senhor Ressuscitou e que verdadeiramente mandou o seu anjo que o arrancou das mãos de Herodes".
       Este fato que é narrado por São Lucas, continuou o Papa, "o episódio da libertação de Pedro narrado por Lucas, nos diz que a Igreja, cada um de nós, atravessa a noite da prova, mas é a vigilância incessante da oração que nos sustenta".
       Em italiano o Papa advertiu logo sobre os problemas que podem existir na comunidade dos crentes, como aconteceu com os primeiros cristãos: "S. Tiago nos fala disso em sua Carta. Uma comunidade em crise, em dificuldades, nem tanto pelas perseguições, mas porque em seu interior há ciúmes e lutas".
       "E o Apóstolo se pergunta o porquê daquela situação. Ele encontra dois motivos principais: o primeiro é o deixar-se dominar pelas paixões, pela ditadura do próprio querer, pelo egoísmo (Tiago 4,3); o segundo é a falta de oração - “não pedis” (Tiago 4,2b) – ou a presença de uma oração que não se pode definir como tal - “pedis e não obtenhais, porque pedis mal, para satisfazer as vossas paixões. Essa situação mudaria, segundo São Tiago, se a comunidade falasse unida com Deus, pela continuidade de um diálogo vivo com o Senhor".
       "Um aspecto importante também para nós e nossas comunidades, sejam aquelas pequenas como a família, sejam aquelas mais vastas como a paróquia, a diocese, a Igreja inteira. Faz-me refletir que as pessoas rezaram nessa comunidade de São Tiago, mas rezaram mal, somente pelas próprias paixões. Devemos sempre de novo aprender a rezar bem, rezar realmente, orientar-se para Deus e não em direção ao bem próprio".
       Falando sobre Pedro, o Papa ressaltou ao final de seu discurso que "o martírio que sofrerá em Roma o unirá definitivamente a Cristo, que o havia dito: quando fores velho outro te levará para onde não queres ir - para indicar com qual morte ele teria que glorificar a Deus”.
       O Papa concluiu sua catequese afirmando que "a oração constante e unânime é um precioso instrumento também para superar as provas que podem surgir no caminho da vida, porque é o estar profundamente unidos a Deus que nos permite de estarmos também profundamente unidos aos outros".

                         VATICANO, 10 Mai. 12 / 10:49 am (ACI/EWTN Noticias)

              
               

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