sexta-feira, 9 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

        No dia 8 de março de 1857, as tecelãs de uma fábrica de tecidos de Nova York, iniciaram uma greve, reivindicando redução da carga diária de trabalho, salários equiparados aos dos homens e tratamento digno. Foi deflagrado um incêndio criminoso na fábrica, mas as mulheres não conseguiram sair, porque as portas foram fechadas pelo lado de fora. Cerca de 130 operárias morreram e muitas ficaram feridas. O Dia Internacional da Mulher foi criado em homenagem a essas heroínas da luta pela emancipação feminina.
        Esse foi um dos fatos históricos mais significativos na luta das mulheres pela igualdade de direitos em nossa sociedade machista. As conquistas femininas, ao longo da história, são o resultado de muito ativismo e sofrimento. Ao perceber o seu importante papel na sociedade e sua condição enquanto ser humano, a mulher deu início à sua luta pela igualdade de direitos.
        O Brasil tem dados positivos e negativos a respeito da emancipação feminina. No governo de Getúlio Vargas, as mulheres tiveram direito ao voto pela primeira vez, em 1932, doze anos antes das francesas. Nesse mesmo ano, a nadadora Maria Lenk foi a primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada. No tênis, a Maria Ester Andion Bueno tornou-se a primeira mulher a vencer, em 1960, os quatros torneios do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon, Roland Garros e Us Open). Em 1988, o "lobby do batom", movimento feminista que apresentou propostas suprapartidárias aos parlamentares, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais constituintes, obteve importantes avanços na Constituição federal, garantindo igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei.
        As mulheres brasileiras já representam mais da metade da população do país, participando da população economicamente ativa com o mesmo percentual. Contudo, somente as mulheres enfrentam jornada dupla de trabalho como profissionais e donas de casa. Embora esses dados sejam extremamente representativos, a nossa sociedade ainda sofre com os resquícios do machismo e do preconceito. Ainda é comum encontrar mulheres que ganham salário menor que o dos homens, embora desempenhem a mesma função. Além disso, a violência contra a mulher é outro fator alarmante que precisa ser combatido com energia por nossas autoridades.
        Diante de tudo o que ainda precisa ser mudado, o importante é saber que, ao respeitar os direitos da mulher, todos estarão contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa, saudável, feliz e pacifista.
                          
                                                      http://www.paulinas.org.br/

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