A beatificação é primeiro passo em direção à canonização definitiva. Do ponto de vista histórico, o termo «canonização» foi utilizado pela primeira vez por Alexandre III em 1171; ao passo que a distinção entre beato e santo foi formalizada por Sisto IV em 1483.
Com a beatificação declara-se a santidade de vida do beato e é permitido o culto público em sua honra no âmbito limitado de uma diocese ou de uma instituição eclesiástica (uma congregação religiosa, por exemplo). A canonização implica uma declaração especialmente solene de santidade e prescreve o culto público em toda a Igreja. Portanto, enquanto a primeira tem uma dimensão local, a segunda possui uma dimensão universal. Tanto a beatificação como a canonização pressupõem, contudo, a declaração prévia da heroicidade das virtudes praticadas pelo beato ou santo.
Os santos não se santificaram com um determinado ato heroico isolado, mas, antes, pela fidelidade com que procuraram cumprir no dia a dia a vontade de Deus através dos pequenos deveres cotidianos. A santidade consiste, não tanto em fazer coisas extraordinárias, mas no fazer de maneira extraordinária as coisas ordinárias da vida de cada dia.
Cardeal Saraiva Martins
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