Como a Igreja Católica
pode responder à indiferença daquela parcela da população que não
crê, que se afastou na religião ou que nunca a conheceu? Quem
responde as perguntas é o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal
Raymundo Damasceno Assis.
“Eu acho que é
importante que nós saiamos ao encontro do nosso povo, sobretudo nas
periferias de nossas grandes cidades. O Brasil, e eu diria a América
Latina de modo geral, passam por um processo cada vez mais forte de
urbanização. As populações estão se concentrando nas grandes e
médias cidades. Hoje, no Brasil já cerca de 80% da população está
vivendo nas cidades. Então, é claro que as cidades aumentam,
crescem e nós muitas vezes não temos um número suficiente de
ministros ordenados e muitas vezes também não temos o número
suficiente de leigos preparados para atender as necessidades
religiosas, espirituais desta população que cresce cada vez mais em
nossas cidades”.
“De que maneira ir ao
encontro deles? Criar centros de encontro das pessoas que vivem
nestas áreas, criar pequenas comunidades, como vimos no Documento de
Aparecida: fazer da Igreja uma rede de pequenas comunidades
eclesiais, vinculadas à paróquia, à diocese, porque nós devemos
sempre promover e estimular uma pastoral orgânica, de conjunto.
Portanto, este trabalho não pode ser autônomo, não pode ser
independente, como ocorre muitas vezes com nossos irmãos
evangélicos”.
“Para isso, é
necessário que se abra espaço à atuação do laicato; é claro
também dos religiosos e religiosas, porque o padre sozinho não
consegue atender a esta demanda da população mais distante da
matriz, da sede paroquial propriamente dita”.
Sex, 26 de outubro de
2012 09:55
por: Rádio Vaticano
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