terça-feira, 30 de abril de 2013

Nossa Senhora dos Mil Nomes

      Antes de explicar a razão de tantos nomes, é preciso deixar claro que a Mãe de Jesus só tem um nome: Maria (em hebraico: Miriam), como nos diz S. Lucas ao narrar a aparição do arcanjo Gabriel para anunciar-lhe sua escolha para Mãe do Salvador: "E o nome da Virgem era MARIA" (Lc 1,27). Todas as outras denominações com que veneramos Nossa Senhora, não são nomes, mas títulos.
       Isso, aliás é comum, quando a mesma pessoa tem várias funções ou prerrogativas: Assim quando falamos da Rainha da Inglaterra, Rainha da Escócia, Rainha do País de Gales e muitos outros títulos, queremos nos referir à mesma pessoa, a Rainha Elizabeth II.  
     Só que tão grande como a distância que vai entre a Rainha da Inglaterra e a Mãe de Deus é o número de títulos com que a honramos. Podemos apontar algumas razões que explicam esses títulos de Nossa Senhora.
     Seus privilégios: Santa Maria, Mãe de Deus, Imaculada Conceição, Virgem Santíssima, Medianeira de todas as graças, Mãe da Igreja.
     Fatos de sua vida ou lugares aonde viveu: Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora do Sim, Nossa Senhora de Belém, Nossa Senhora do Desterro, Nossa Senhora da Apresentação, Nossa Senhora do Cenáculo, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória.
    Lugares ou aparições ou intervenções: Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Salete e Nossa Senhora de Guadalupe.

                                          Padroeira dos países

      Praticamente, todos os países católicos têm Nossa Senhora como sua padroeira, sob um título especial. Citamos apenas os países da América Latina: Brasil - Nossa Senhora da Conceição Aparecida; Colômbia - Nossa Senhora de Chiquinquira; Venezuela - Nossa Senhora de Coromoto; Peru - Nossa Senhora da Evangelização; Bolívia - Nossa Senhora de Copacabana; Chile - Nossa Senhora do Carmo; Paraguai - Nossa Senhora da Assunção; Argentina - Nossa Senhora de Lujan; Uruguai - Nossa Senhora dos Trinta e Três (relembra os 33 homens que, sob a proteção de Nossa Senhora, empreenderam a independência do país em 1825).
     A grandeza de Maria, Mãe de Deus e da Igreja, justifica plenamente tantos títulos que nada mais são do que a maneira prática de realizar aquilo que Ela mesma profetizou no Magnificat: "De agora em diante, toda as gerações me chamarão de mulher bem-aventurada" (Lc 1,48).
     De outro lado, são expressões do amor e carinho, com que queremos homenagear nossa Mãe espiritual, procurando, de certa maneira, tornar mais pessoal o nosso relacionamento com Ela. É aquele modo de expressar tão próprio do coração do povo quando exclama: Minha Nossa Senhora!
     Mas é preciso deixar bem claro para os fiéis que esses títulos se referem à mesma pessoa, porque só há uma Nossa Senhora, Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe. Enfim, como diz o poeta: "todas as nossa senhoras são a mesma Mãe de Deus!".

                                     Fonte: Dom Mário Teixeira Gurgel, SDS
                                        (Revista de Aparecida, Número 39)

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