segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Família, primeira comunidade cristã

      Foi numa vila africana, dominada por comunistas. Um menino andava a passo firme pela rua. Dois soldados comunistas andavam pela mesma, em direção oposta. Ao observarem o menino passando, um deles o deteve e perguntou: “Menino, para onde vais?”. Ele respondeu: “Vou para a igreja”. O soldado disse: “A igreja não existe mais! Ela foi destruída!”. O menino fitou os dois solados e, resoluto, respondeu: “Não! A Igreja não foi destruída! A Igreja sou eu!”
     Sim, a Igreja somos nós! A Igreja é gente! As pessoas é que formam a Igreja! Se cada católico: idoso, adulto, jovem ou criança, tivesse a mesma compreensão e convicção daquele menino, a Igreja seria a realidade sonhada por Jesus: gente convertida ao Deus verdadeiro, formando uma grande família de irmãos, que se amassem profundamente, assim como Ele nos ama, bem como o Pai celeste e o Espírito de Amor nos amam.
     A Igreja somos nós, pessoas, gente, gerados e nascidos no seu seio pelo santo Batismo, vivendo em caridade, isto é: o amor a Deus e o amor ao próximo. Que incrível a definição daquele nosso irmão caipira, que disse: “Igreja é Deus com nóis, nóis com Deus, e nóis com nóis”. Perguntemo-nos se os católicos pensam e vivem essa realidade!
      A família católica é definida como “Igreja doméstica”. Igreja-gente-pessoas morando num mesmo lar. Aqui estaria o ideal a ser atingido, a fim de que todos os batizados se transformassem, a partir de sua família, em discípulos conscientes e fiéis a Jesus Cristo, caminhando unidos na Igreja. Então, não precisaríamos usar o adjetivo: praticante. Todos seriam natural e necessariamente praticantes. Para que a família seja “primeira comunidade cristã”, é preciso que os pais tenham tido um encontro pessoal com Jesus Vivo, estejam experimentado a Ação do Espírito Santo em suas vidas, estejam muito conscientes de que o maior tesouro de suas vidas é o Deus-Trindade  e que a maior herança a oferecer a seus filhos é a experiência desse Deus Vivo. Pela experiência pessoal de Deus, os pais tornam-se discípulos de Jesus, muito conscientes, esclarecidos e fiéis, sempre mais alicerçados em sua vida pessoal e familiar na Pessoa de Jesus Cristo ressuscitado, Salvador e Senhor. Essa vida de fé e de relacionamento pessoal com o Deus vivo, vivida em profundidade em seus corações, conduzirá os pais a organizarem em sua família os hábitos e as vivências diárias de fé e de culto. Sentirão necessidade e responsabilidade alegre e gratificante de levar seus filhos a conhecerem pessoalmente a Deus, a sentirem-se amados por Ele e a amarem-No, como eles, os pais, O conhecem, amam e por Ele se sentem amados.

                                                    http://www.catolicosnarede.wordpress.com/

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