O dia mundial de luta contra a AIDS surgiu com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU, durante a Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987. Esta data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS, numa tentativa de superação das barreiras que dificultam os trabalhos dos agentes. Essas barreiras são principalmente o preconceito e a discriminação contra as pessoas que vivem com HIV/AIDS, que dificultam inclusive o apoio adequado a assistência e ao tratamento da Aids bem como o seu diagnóstico.
No mundo 33 milhões de pessoas vivem com HIV; 25 milhões já morreram; são 12 mil novas infecções por dia. No Brasil diariamente são registrados 68 novos casos com 340 novas infecções, 107 internações e cerca de 30 mortes. No estado de Santa Catarina, são cerca de 20 mil casos. Nesses números temos gestantes e crianças. Lembramos que por trás dos números temos pessoas, seres humanos, com seus medos, suas dificuldades, suas vergonhas.
A Igreja e a AIDS
Tentando dar uma resposta à epidemia é que surgiu, dentro Igreja Católica, hoje aberta a outras denominações, a Pastoral da AIDS. A referida pastoral procura capacitar os cristãos, levando-os a um comprometimento no trabalho de prevenção e assistência. É a Igreja comprometida para que a vida prevaleça, segundo o ensinamento de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida”.
Assim, a Pastoral da AIDS procura dar algumas respostas a epidemia: buscar e partilhar informações corretas; cuidar de si e dos outros; falar sobre AIDS na família, na escola, no trabalho, na comunidade; acompanhar pessoas que vivem com HIV/AIDS; evitar preconceito e discriminação; fazer valer o direito à saúde, com medicamentos, exames assistência; exigir saúde integral e humanizada.
O Documento de Aparecida considera como prioridade fomentar uma pastoral com pessoas que vivem com HIV AIDS, em seu amplo contexto e em seus significados pastorais.
Como todos podem contrair o HIV, é importante fazer o exame para saber se está com o vírus, independente do resultado. Caso seja positivo possibilita melhor tratamento, evita doenças oportunistas e, se necessário, adota uso de medicação. Se o resultado do exame for negativo, você renova o compromisso de cuidado e prevenção consigo e com os outros. O teste é sigiloso e o tratamento é gratuito.
Diante disso, a pastoral assume o compromisso de prestar um “Serviço de prevenção ao HIV e assistência aos soropositivos: “A Igreja assume este serviço e, sem preconceitos, acolhe, acompanha e defende os direitos daqueles e daquelas que foram infectados pela Aids. Faz também o trabalho de prevenção, pela conscientização dos valores evangélicos, sendo presença misericordiosa e promovendo a vida como bem maior.” (Diretrizes Gerais da CNBB 2003-2006, n. 123).
. • Fonte: Secretaria Municipal de Saúde do município de Lages: Programa DST/HIV/AIDS.
• Pastoral da AIDS: www.pastoralaids.org.br
• Documento de Aparecida, pg188 nº421.
Almir José de Ramos/ Diocese de Lages
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