quinta-feira, 8 de julho de 2010

O amor anda inquieto, procurando a quem amar

      São João da Cruz escreveu obras espirituais muito importantes que, depois de 400 anos, continuam a ser luz que ilumina a vida de tantas pessoas que querem buscar a Deus pelos caminhos da oração, da contemplação.
     Ele nos dá uma bela definição do Espírito Santo em sua obra  "Chama Viva do Amor”, dedicada a uma leiga viúva e amiga, dona Ana da Penalosa, em que diz que o “amor nunca está ocioso, mas em contínuo movimento e, como fogo em chamas, está sempre levantando labaredas aqui e ali; e sendo o ofício do amor ferir para enamorar e deleitar, como nessa alma ele se acha em viva chama, está sempre lhe causando suas feridas, quais labaredas terníssimas de delicado amor.” (Chama 1,8).
     Como é bom saber que o amor nos faz inquietos, porque desejamos não viver sozinhos, egoisticamente a experíência do amor, mas queremos comunicá-lo aos outros, a todos os que vivem ao nosso redor. Nunca devemos esquecer: o Espírito Santo nos torna evangelizadores, nos faz sentir a necessidade de comunicar a Palavra de Deus e proclamar as maravilhas do Senhor, de viver concretamente o amor.
    Saber compreender isso é descobrir a ânsia de sermos propagadores corajosos de Jesus, cheios de entusiasmo, procurando sempre novos caminhos para que o mesmo Jesus seja amado. Que o amor de Deus nos faça a todos nós inquietos e nos dê a coragem de nunca desanimar. Que esta frase de João da Cruz, seja, neste mês, a luz, o fermento que dá sentido à nossa vida de cada dia.

                                                                 Frei Patrício Sciadini, ocd

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