Em 2005, na 43ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi criada a “Semana Nacional da Vida”. É oportunidade para se refletir sobre o sentido e o valor da vida como dom de Deus. Com isto devemos criar uma mentalidade de respeito e de defesa da dignidade da pessoa humana. A Semana termina celebrando, no dia 08 de outubro, o Dia do Nascituro.
A vida deve ser defendida e preservada desde sua concepção até a morte natural. O dia do nascituro nos desperta para a consciência de que há direitos do ser humano de conservar a sua vida mesmo em estágio intra-uterino. São muitos os ataques e ameaças que os nascituros têm sofrido nos últimos tempos. Por isto vemos razões sérias para a celebração de uma semana voltada para a beleza da vida.
Na realidade hodierna, a morte passou a ser um fato banal, sem importância. É muito mais grave quando ataca vidas indefesas, inocentes e frágeis. Mas celebrar a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro não é somente uma campanha contra o aborto, mas sim uma conscientização sobre o valor da dignidade humana em todos os sentidos. Na verdade é uma redescoberta da beleza da criação divina.
Outubro é o mês da criança e o início da primavera, quando a vida renasce com toda a sua força, trazendo encantamento para toda a criação. A Semana Nacional da Vida, de 1 a 7, quer celebrar tudo isto. Significa não aceitar com naturalidade situações que ameaçam constantemente a existência digna da natureza. Aqui podemos citar o desrespeito à ecologia, a falta de emprego, o descuido com a saúde pública, a violência no trânsito, os descasos com os idosos etc.
O trabalho em prol da vida não pode ficar apenas na celebração de uma Semana Nacional. Temos que investir na vida e na sua qualidade. Para isto estão surgido comissões em defesa da vida, que agem realizando palestras e promovendo eventos de conscientização, combatendo a mentalidade antivida que impera no mundo de hoje. O projeto de Deus não é de morte. A vida tem que estar em primeiro plano.
Está presente na cultura moderna a mentalidade antivida, antinatalina, tendo como argumento o direito de liberdade. Temos que nos dar conta de que a vida está acima do direito de liberdade do outro. A vida deve ser protegida conforme os enunciados pela Constituição Federal. Ali se diz na defesa da pessoa em todas as suas realidades. Então, celebrar o Dia do Nascituro é conscientizar-se contra a legalização do aborto, que afeta frontalmente o projeto da criação e o respeito à nova vida.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de Sao José do Rio Preto (SP)
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