sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A velhice não é uma droga

     O uso de drogas desnecessárias não ocorre só na juventude. Também na terceira idade, as pessoas lançam mão de drogas pensando em obter conforto. Só que também sem necessidade. Isso, segundo o dr. Wilson Jacob Filho, diretor do serviço de geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. “ O tripé de drogas mais consumidas por automedicação pela terceira idade é formado por diuréticos, anti-inflamatórios e indutores do sono” - afirma o especialista.
      Se você gosta de passar na farmácia semanalmente para conhecer os lançamentos, inclusive as vitaminas, repense seu comportamento. Com certeza, você poderia gastar sua – geralmente - minguada aposentadoria em algo mais prazeroso. “Mas, em verdade, o idoso é vítima de uma cultura, reforçada pela sua família, de que quanto mais remédio ou vitamina tomar mais estará protegido contra doenças. Ora, o conceito correto de envelhecer com saúde é, primeiro, não ter doenças que comprometam o envelhecimento e, na medida do possível, não precisar de medicamentos. O uso de remédios nunca foi sinal de saúde.” - avisa o geriatra Wilson.
    Certamente que nada existe contra uma boa xícara de chá de erva cidreira à noite, antes de dormir, ou um copo de leite morno – melhor ainda por ser mais nutritivo. “Funcionam tanto quanto qualquer indutor do sono, ainda mais se vierem acompanhados de uma conversa amena com um filho, um neto ou companheiro ou companheira” - avalia o especialista. O motivo? Os idosos, como as crianças, são predominantemente afetivos e, para eles, o carinho da família, na hora de dormir, tem o mesmo efeito de uma canção de ninar para um bebê. Sendo assim, remédio para quê?

                                                                            Revista Família Cristã nº 788

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