O namoro é uma fase bela da vida, na qual duas almas se encontram com o desejo de realizar o anseio profundo de um dia viverem um para o outro, gerar os filhos e serem felizes. É um anseio que Deus colocou no coração de cada homem e de cada mulher. No entanto, esse tempo bonito pode se transformar em uma etapa triste na vida de muitos que não souberem enfrentar com coragem e sabedoria os seus problemas. Esses problemas não devem desanimar os casais de namorados, pois muitos deles podem ser evitados se antes de começarem a namorar tiverem um bom conhecimento recíproco, obtido por uma boa amizade anterior ao namoro.
Eu e minha esposa nos preocupamos profundamente com a falta de maturidade que hoje existe em muitos namoros e noivados, muitos dos quais se transformam apenas em relacionamentos sexuais, gerando muitas vezes uma gravidez, um aborto ou até mesmo um casamento imaturo que acaba durando pouco tempo.
Os problemas no namoro naturalmente surgem porque duas pessoas diferentes de repente se encontram e começam uma caminhada juntas. Nem sempre essa caminhada é fácil. São muitos problemas: traição, diferença de religião, relacionamento difícil com os pais, diferença de idade, dúvidas sobre a pessoa do outro, desentendimentos e brigas no namoro, entre muitos outros. Como disse, é normal que surjam problemas durante esse período “namoro”, pois é a fase em que cada um vai conhecer o outro e isso nem sempre é fácil. Desse conhecimento surge a grande decisão de continuar ou não o relacionamento que pode se transformar futuramente em casamento.
Se há impasses intransponíveis, o casal não deve insistir demasiadamente em continuar o namoro e partir para um casamento “a qualquer custo”. Isso pode ser destruidor para a vida de ambos. Os problemas precisam ser enfrentados com lucidez, coragem, honestidade e, sobretudo, com sinceridade. Os valores essenciais de cada um não podem ser menosprezados, não se pode abdicar deles, especialmente quando se trata de valores morais e religiosos.
Todo casamento é um namoro que deu certo, e isso só acontece quando há uma convergência dos valores essenciais de cada um. Por isso, diante deles, não se pode “tapar o sol com a peneira”, se o obstáculo é intransponível, o relacionamento pode cessar, a amizade ser mantida e cada um partir para uma nova caminhada.
Por outro lado, se as divergências forem secundárias, por problemas que podem ser corrigidos com a presença e o amor, isso deve ser feito e é muito bonito. A grandeza de um namoro se mede especialmente pela capacidade de cada um fazer o outro crescer. Isso já é um treino para a vida a dois no casamento.
Felipe Aquino
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